É visando alertar e orientar as pessoas sobre os riscos da
diabetes, que será promovida uma palestra ministrada pela chefe do Setor de
Nutrição do Centro Médico Hospitalar (CMH) da Corporação, a doutora Jaciara
Rolim.
O encontro acontece no auditório da
unidade hospitalar da Polícia Militar no próximo dia 10 (4ª feira), a partir
das 08h. Os interessados devem se inscrever na Sala de Nutrição ou através do
telefone 3181-1429.
Haverá ainda uma dramatização sobre o
tema a ser realizada por integrantes do Projeto Enfermeiros do Riso, que está
em atividade na PMPE desde 2010.
ESTATÍSTICA - Um
levantamento do Ministério da Saúde publicado no final de 2012 mostrou que a
diabetes mata quatro vezes mais pessoas do que a Aids e supera também o número
de mortos em acidentes de trânsito. Os dados divulgados se baseiam em números
de 2010, quando cerca de 54 mil pessoas morreram por consequência direta da
doença.
Outros 68,5 mil, aproximadamente
morreram de outras doenças, como câncer e problemas cardíacos, mas tinham a
diabetes como um fator associado, que agrava o quadro dessas enfermidades. No
total, quase 123 mil diabéticos faleceram. O Ministério da Saúde divulgou ainda
que, nos primeiros semestres de 2010 a 2012, foram registradas, em média, 72
mil hospitalizações decorrentes da enfermidade.
Segundo dados da pesquisa Vigitel
(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico), apresentada em maio do passado pelo Ministério da Saúde e
baseada em entrevistas telefônicas feitas em todas as capitais, 5,6% dos
adultos brasileiros – o que corresponde a aproximadamente 7,5 milhões de
pessoas – têm a doença.
DOENÇA - A diabetes se caracteriza pelo acúmulo de açúcar no sangue. A
doença aumenta o risco de doenças do coração e do rim podendo levar ainda à
cegueira, entre outras complicações. A variação mais comum é a chamada diabetes
tipo 2, que aparece em cerca de 90% dos diabéticos. Nela, o pâncreas, responsável
por produzir a insulina, hormônio que leva o açúcar para dentro das células,
começa a falhar aos poucos.
A enfermidade tem carga genética, mas
geralmente está ligada à obesidade e ao sedentarismo, aparecendo geralmente na
fase adulta. O tipo 1 costuma surgir na infância ou na adolescência. Uma falha
no sistema de defesa do corpo leva à destruição das células que produzem a
insulina no pâncreas. Esses pacientes dependem da injeção de insulina pelo
resto da vida.