HISTÓRICO DO CAS
SEDE do CAS atende diariamente a família policial militar
Reconhecer o passado é parte da construção do futuro de qualquer organização. A primeira tentativa de introduzir algum tipo de Assistência Social na Polícia Militar de Pernambuco remonta a 1939, sob a forma de “auxílio enterramento”, cujo intuito era amparar o soldado e sua família em caso de falecimento. Nesse mesmo ano foi instituído um Plano de Assistência Social, que, em 1943, sofreu algumas modificações. Para atender às necessidades solicitava-se um desconto de vinte centavos de cruzeiro em favor da Caixa de Assistência Social.
Em 1954, a Assistência Social foi denominada Serviço de Assistência Social (SAS), incorporando uma nova frente, a Assistência Judiciária Criminal. No mesmo ano, foi criado o Núcleo da União Católica dos Militares da Polícia Militar de Pernambuco, tendo como finalidade “...dar instrução cívica e religiosa à tropa”. Esses foram os primeiros registros de ações sociais no âmbito da Polícia Militar de Pernambuco. Ou seja, ainda não havia um órgão estruturado no organograma da PMPE.
Dois anos depois, em 1956, foi criado o Departamento de Assistência à Infância (DAI), que teve seu início, no dia 4 de abril de 1956, no comando do Coronel Salm de Miranda. Para chefiar o departamento foi nomeado pelo Comandante Geral um oficial de sua confiança, denominado Delegado de Comando, tendo ocupado pela primeira vez este posto o 1° Tenente Dourival Geraldo de Moura.
Foi a partir desse período que a iniciativa assistencial ganhou um grande impulso. Já sob o Comando Geral do Coronel Bráulio Rodrigues Guimarães, as esposas dos oficiais foram integradas ao trabalho filantrópico, graças, sobretudo, ao esforço da então primeira dama da PMPE, Dona Olga Guimarães, pessoa dinâmica e de grande sociabilidade. A doação de enxovais de bebê, bem como a distribuição de remédios e leite, passou a ser constante.
Em 1963, já no comando do Coronel José Jardim de Sá, o 2° Tenente Josias Vasco passou as funções ao 1° Tenente Isaac de Azevedo Viana, que ficou no posto por dois anos. Nessa fase, porém, não houve grandes realizações por ter sido um período político difícil tanto para o País como para o Estado, tendo o Tenente Isaac dado prosseguimento às atividades anteriormente desenvolvidas.
Após dois anos, no comando do Coronel Sylvio de Melo Cahú, é designado para Delegado de Comando do DAI o 2° Tenente Filemon dos Santos, o qual permaneceu até o dia 22 de outubro de 1975. Filemon já era da reserva remunerada desde 1972, entretanto, a convite, permaneceu à frente do órgão. Foi, até hoje, o recordista em tempo de permanência no posto de chefia.
Já no comando do Coronel Clóvis Wanderley Filho, com a participação da primeira dama, Neuza Wanderley, percebe-se a melhoria e o crescimento das atividades. As esposas voluntárias de oficiais e as esposas costureiras de praças passaram a se reunir para confeccionar os enxovais no edifício Santa Mônica, na Rua Fernandes Vieira. Tempos depois, todo o DAI se transferiu para a Rua Quarenta e Oito, no Espinheiro. Em 1969, foi realizada, de forma pioneira, a primeira comunhão dos filhos dos praças.
Dali, o DAI passou para a Praça do Entroncamento e o Tenente Filemon, com total apoio do Comandante Geral, Coronel Clóvis Wanderley, conseguiu manter a então “lojinha de tecidos” aberta o ano inteiro e sem a obrigação hierárquica. Tempos depois, ela passou a vender cama, mesa, banho e sapatos. Para se ter idéia, a loja chegou a ter 40 fornecedores.
Em 1972, na gestão do Coronel Joaquim Gonçalves Vilarinho Neto, o DAI resgistrou mais uma mudança histórica: deixou de ser inquilino e foi para o endereço do atual CAS, na Rua Monsenhor Ambrosino Leite, nº 155, Graças, sendo chamado novamente de Serviço de Assistência Social (SAS). A partir desta época o serviço ganhou um caráter tecnicamente mais qualificado, com atendimentos de casos, visitas domiciliares, empréstimos assistenciais, emergenciais, etc. A mudança de paradigma está ligada à visão de Dra. Ligia Cavalcanti Arteiros, contratada como primeira assistente social do órgão.
Em 1975, o já Capitão Filemon passou as funções para o Major Jenner Tenório de Holanda, data que marca oficialmente o início das atividades do Centro de Assistência Social (CAS), em moldes bem próximos aos atuais, pois àquela altura, o mesmo já compunha o organograma da PMPE, segundo a Lei de Organização Básica nº 6.722, de 3 de outubro de 1974. O CAS passa a existir como órgão de apoio, subordinado à então Diretoria de Pessoal. Em 1978, foi contratada a assistente social Dra. Maria Valmira Barreto Nogueira. Ela, juntamente com estagiárias, substituiu as doutoras Ligia e Mirian, que voltaram aos seus órgãos de origem.
Já em 26 de agosto de 1979, no Centro Médico Hospitalar, o Major Jenner faleceu, vítima de meningite. Em sua gestão foi selado um acordo inédito com a extinta Companhia de Habitação (COHAB), que possibilitou a construção de unidades habitacionais em Paulista. Em seu lugar, em setembro do mesmo ano, assume o Major Radjalma Rodrigues Leite. Neste período houve a contratação da assistente social Rosina Branco da Silva, que até hoje compõe o quadro de profissionais do CAS.
Em 1999, na chefia do então Capitão Alberto Feitosa, uma conquista que consolidou o atual formato organizacional do CAS. Foram transferidas para a estrutura do Centro quatro profissionais do antigo Gabinete de Psicologia, chefiadas pela então Tenente Tereza Cristina. Era o início da atual Seção de Psicologia do CAS, composta atualmente por seis especialistas na área.
Nos dias atuais, além do trabalho desenvolvido pela Seção de Psicologia, Seção de Assistência Jurídica e a Seção de Ação Social, o CAS compreende um total de 21 programas sociais, como: o Núcleo de Apoio ao Dependente Químico (Nadeq), a Equoterapia, a Casa de Trânsito, o Hotel de Trânsito, o Transporte Emergencial, o Transporte Assistencial, o Auxílio às Viúvas e Pensionistas, o Programa de Reflexão e Preparação à Aposentadoria (PRPA), Lazer e Eventos (Pró-Lazer), Mesa Farta, Creche Tio Jener, Casamento Coletivo, Planejamento Familiar, Kit Natalidade, Fonoaudiologia, Doações Emergenciais, Convênios e Assistência Religiosa.
Fonte: Foto: PMPE